22 de Julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009


Já vai o tempo que não escrevo aqui. E por sugestão do senhor Luís Pica (não que já não tivesse pensado nisso), vim dar a conhecer o passado dia 22 de Julho.
Antes de mais, fiz uma breve pesquisa sobre os acontecimentos que se sucederam durante os dias 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23 deste mês. A 61ª edição dos Jogos FISEC – Jogos Internacionais do Desporto Escolar – teve morada no Algarve, com Cerimónia de Abertura a 18 de Julho no Auditório de Lagos. Com tema “Desporto Escolar é Diversidade”, foram escolhidos três concelhos algarvios a albergar tais eventos desportivos: Lagos, Lagoa e Portimão. Foram divididas as modalidades pelos respectivos concelhos (Lagos – atletismo e natação; Lagoa – andebol, futebol, futsal e ténis de mesa; e Portimão – basquetebol e voleibol, ambas com escalão feminino e masculino).
Com cerca de 1200 participantes, oriundos de 12 países (Áustria, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda, Hungria, índia, Inglaterra, Itália, Malta e Portugal), foram diversas as actividades a decorrer durante os 5 dias de estada (17 e 23 de Julho correspondem, respectivamente, à chegada e partida das delegações).
Agora, indo mais a fundo, ao que nos interessa (Voleibol), no passado dia 22 de Julho tive o prazer de ir assistir a uma grande final de Voleibol Feminino, protagonizada por duas grandes equipas: Flandres vs Holanda. Na companhia do Professor Pica (e filhas) e Inês, assisti a uma grande lição de Voleibol.
Com a euforia a correr-nos nas veias, chegamos ao ponto de não aguentar e torcer por elas. Aquelas que estavam naquele campo, por onde passámos duas vezes na História Spideriana (Escola António Aleixo de Portimão). Envolvemo-nos e comentámos todas e mais algumas jogadas: “Aquela libero mata-me.”, “Só o remate daquela”, “Bué unidas”, etc, etc. Podia dizer todos os nossos comentários, mas nenhum seria justo ao que vi, ao que senti. Tinham boas rematadoras, uma das equipas tinha uma libero que dava vontade de lhe bater, eram tácticas e tinham muita visão de jogo. Lembram-se? “Meninas, olhem, analisem, vejam onde estão os espaços vazios. É para lá que tem de ir a bola.”, já dizia o stor Pica.
Meninas!, que MUNDO! Amei cada minuto, cada jogada. Dei por mim a sonhar e imaginar “E se fosse eu ali? A fazer aqueles passes, a jogar daquela maneira?”. Não é impossível chegarmos aquele nível, não é impossível pertencer a uma equipa assim. Pode ser difícil, sim. Mas não impossível. Estiveram presentes duas equipas a representar Portugal, Portugal A e Portugal B, que ficaram, respectivamente em 3º e 4º lugares (se me enganei, peço desculpa a Fabrícia, que tanto cuidado teve em dizer). E segundo a nossa brasileira (sim, ela esteve lá. Mostrou o seu valor na mesa e, com muita pena, não pôde arbitrar, mas tratando-se de uma competição internacional os árbitros federados eram indiscutíveis.), uma das jogadoras portuguesas foi, no seu entender, a melhor jogadora do torneio pela sua versatilidade.
Com tudo isto, quero frisar a importância deste ano para as Juvenis. Este nível, embora de difícil alcanço, não é impossível de atingir. Exige trabalho? Sim, muito! Exige dedicação? Toda, a mais que poderem. Exige sacrifício? Algum, por que não!? Exige paixão? Sem dúvida. Este ano será decisivo. É agora ou nunca. Não terão mais nenhuma oportunidade para ir ao Nacional. Não o vejam como uma obrigação, mas como um prémio. A compensação das dores, dos sacrifícios e, sobretudo, o culminar de um ano recheado de Voleibol.
Invejo-vos. Invejo-vos muito! Gostava de ter tido essa oportunidade. E gostava de vos ver lá, a orgulhar a ESA. Não, não pensei que só assim serão o nosso orgulho. Nada disso. São o orgulho agora. Pela magnífica evolução que tiveram este ano. Pelo prazer de ver que temos uma equipa com grande potencial, com a possibilidade de levar o nome da escola mais à frente.
Voltando à passada quarta-feira… Vimos e comentámos: como o espírito de equipa é importante! Se vissem. Não começavam uma jogada sem darem um “hi5”, se assim o quiserem chamar, umas as outras. Não havia um ponto em que deixassem de se apoiar, de se entre ajudar. Quem falhava, assumia e as outras davam um “aconchego”, não deixando baixar a moral. É obvio que quando as falhas começavam a ser persistentes, num todo, a equipa baixava o nível de jogo e tornava-se mais vulnerável. Designo “a equipa” as duas equipas em campo, pois nenhuma foi imune ao factor, tão importante e fulcral, psicológico.
É o que temos de ter em atenção, pois neste tipo de situações somos marionetas do “saber fazer” e do “saber ser”. “Saber fazer” e executar os gestos técnicos, saber interpretar o jogo, saber jogá-lo, saber virá-lo a nosso favor. “Saber ser” e ter calma, saber ser controlado e companheiro, saber ser nós próprios, vivendo e aprendendo com cada jogada, situação e momento. Porque se não soubermos ser, psicologicamente, fortes não podemos executar o melhor gesto técnico, não podemos apoiar a nossa equipa e ajudá-la a ser consistente e equilibrada.
Meninas, acima de tudo, vivam e deixem-se apaixonar pelo voleibol (se é que ainda não estão). Falo por mim e, de certo modo, por muitas quando digo que o desporto consegue ser uma grande mais-valia na nossa vida. Até a níveis escolares, sempre fui melhor aluna enquanto fui desportista. É o nosso ponto de fuga, o nosso refúgio do dia-a-dia. A nossa paixão, a nossa força e, muitas vezes, fazemos dele a nossa vida. E, sinceramente, imagino-me a viver do Desporto, para o Desporto.
Talvez não tenha dito tudo o que pretendia (é o que da não fazer planos e não apontar tudo o que se pretende dizer), com certeza muita coisa ficou por dizer, mas se me lembrar voltarei a postar.

Obrigada, Luís Pica. Por se lembrar sempre de nós e de nos ter dado a oportunidade de ir assistir.

Parabéns, Fabrícia, por participares neste evento. És um orgulho.



Cláudia Sequeira *

2 opiniões spiderianas:

Mafalda Furtado disse...

O dito jogo :x , que também estive para ir assistir , agora fiquei com uma pena ainda maior de não ter ido , mas enfim...
Parabéns à Fabricia pela participação no envento :D
Vendo por este post's foi sem dúvida um "momento spideriano" excepcional .
Ia eu muito feliz abrir o meu blog pessoal , quando como seguidora do blog "spider's" dou de caras com um post da cláudia , visto pelo tamanho não deixava sequer que existissem dúvidas .
É bom poder ler palavras tão "familiares" (voleibol) como as que escreveste cláudia , sabe mesmo bem andar uns meses atrás e recordar “Meninas, olhem, analisem, vejam onde estão os espaços vazios. É para lá que tem de ir a bola.”,
quanto às meninas juvenis , juntamo-nos dia 25 , eramos 7 , poucas , quem teve presente , acho que gostou , reunimo-nos tal como combinado , e lá fomos nós contentes , com gente de fora à mistura , dar uns toques na bola , com muita descordenação já e tambem já muito destreinadas , mas tenho que dizer , que ainda houve remates , serviços por cima , machetes , pass's uns melhores que outros , e a fih ainda consegui-o dizer " vá mafalda , vamos ao meio, hahaha " , tambem se ouvi.o muitas vezes "ainda bem que o professor pica não está aqui" , porque o calor prendia muito as pernas ao chão :p , e pronto é só para por o pessoal a par dos aconteçimentos , e dizer que temos de combinar um dia em que toda a gente possa ir , ou um número maior de pessoas !
Vamos precisar de muito treino quando voltar-mos senhor professor .

Beijinhoss a toda a gente ,
"FÁ"


E obrigada pelas palavras cláudia (:

Mafalda Furtado disse...

Ps: Acho que me esqueçi de dizer que estou a morrer de saudades de toda a gente :x .
Beijinhos **